A intenção era criar um aplicativo de reconhecimento de caracteres que usasse uma câmera de um dispositivo móvel - um celular ou um tablet - para transformar páginas escritas em Braille em textos correntes, mas os problemas começaram a pipocar rápido.
"Como é que uma pessoa cega vai orientar uma página para que o computador saiba qual é o lado de cima? Como uma pessoa cega vai garantir a iluminação correta de toda a página," explica Adam Duran, idealizador do projeto.
Logo ficou claro para ele e seus colegas Adrian Lew e Sohan Dharmaraja que o pulo do gato não era fazer um leitor Braille, mas um "escrevedor" Braille.
"Imagine ser um cego em uma sala de aula, como é que você vai fazer anotações," comenta Lew. "E como fazer se você estiver na rua e precisar anotar um número de telefone? Estas são questões reais com que as pessoas cegas se deparam no dia-a-dia."
Uma máquina de escrever Braille moderna se parece com um notebook sem tela, com um teclado de oito teclas - seis para criar o caracter, mais um enter e um delete.
O maior desafio foi criar uma forma para que uma pessoa cega pudesse encontrar as teclas em uma tela sensível ao toque comum, que é plana, sem nenhuma saliência.
Então, em vez de criar teclas na tela que o usuário precise localizar, os cientistas inverteram o processo: o usuário coloca oito dedos simultaneamente sobre a tela e o programa leva as teclas virtuais até cada um dos dedos.
Os cientistas afirmam que um tablet Braille deverá custar um décimo do preço de uma máquina de escrever Braille tradicional.
Fonte: Redação do Site Inovação Tecnológica e News Cnet
Demais!!!
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