sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ler livros pela segunda vez pode ser terapêutico


Quem lê o mesmo livro ou assiste ao mesmo filme mais de uma vez já tem uma desculpa para dar aos familiares e amigos. A mania não tem nada a ver com vício ou comportamento obsessivo, mas é um esforço consciente para encontrar camadas de significado mais profundas no material e refletir sobre o próprio amadurecimento.

Esse é o resultado de uma pesquisa liderada por Cristel Russel, professor da American University, nos Estados Unidos. Ele entrevistou 23 pessoas para identificar as razões para o que chamou de “re-consumo” de um material e descobriu que o comportamento não é uma tentativa de reviver o passado, mas uma busca por significado, que pode ter grande valor emocional.

A dica também vale para filmes assistidos mais de uma vez.

O re-consumo pode, inclusive, servir como uma espécie de terapia, uma vez que permite que a pessoa analise como sua interpretação do livro ou filme mudou com o decorrer do tempo. Segundo os cientistas, isso pode servir de contraste entre o eu atual e o eu do passado. Eles citam como exemplo o caso de um participante do estudo. Pastor evangélico, ele releu a Bíblia inúmeras vezes. De acordo com sua idade, interpretava passagens de modo diferente – um sinal de crescimento.

O resultado da pesquisa, publicada na revista Journal of Consumer Research, pode ser usado pelo mercado de livros. Segundo Russel, os vendedores sempre tentam trazer experiências novas e frescas, mas as velhas experiências também podem ser repetidas de modo a abrir novas perspectivas.



Agora o Pink Side lança um desafio pra vocês, jovens padawans:
Caso seja possível, releia o primeiro livro que te marcou. Nem que seja aquele livro da coleção Vagalume que você foi obrigado a ler no Ensino Fundamental antes de saber os prazeres da leitura.


Leu? Agora comente aqui o que está diferente em você enquanto lia o livro. Ele continua tão marcante pra você agora quando foi anos atrás?
Livros são eternos e não mudam. Mas você sim.


4 comentários:

  1. Eu vivo relendo meus livros, "Entrevista com o Vampiro" eu leio todo inverno, e cada vez uma cena diferente se torna a minha preferida, é como rever um amigo, um encontro marcado, se encontrar com você mesmo, rever seus sentimentos.
    Ultimamente minha vontade tem sido de reler dois livros de contos "A Bruxa de abril e outros contos" e "Contos de Vampiros", o primeiro é incrível, eu não sabia que iria encontrar histórias tão estranhas e dolorosamente tocantes quando uma colega minha de sala, que nem gostava muito de ler, me apontou na biblioteca e disse que era legal e o segundo é cheio de clássicos e eu tenho um tombo por clássicos rs

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  2. Eu ando mesmo com vontade de reler as Brumas de Avalon... Não foi o primeiro livro que eu li, que me marcou ("Uma Dobra no Tempo" da Ediouro. Esse eu não acho por nada!!!). Então vou atacar de Brumas mesmo hehehe.

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  3. O primeiro livro que me marcou de verdade foi O Karas de Pedro Bandeira. Eu considero que foi o livro que me fez aprender a gostar de ler. Vou ver se acho ele aqui em casa e reler! ^^

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  4. Dani, eu tô contigo!!
    O que me fez querer ficar nesse mundo de livros fio Bandeira, com a coleção Os Karas. O que eu sempre lembro e que foi um dos cinco primeiros livros que li (faz muito tempo, isso! kkkk), foi A Droga da Obediência.
    Mas não acho que o leria novamente.

    Um que eu estou louca atrás, mas não encontro (talvez eu deva me aventurar novamente na Biblioteca municipal ou nas lojas virtuais da vida) é o livro Anatomia de um Crime, de Robert Traver.
    Esse foi o primeiro livro que eu li quando morei três meses em Campinas com minha familia. Lembro que a biblioteca municipal ficava ao lado da escola, e nunca vi tantos livros na vida!!! Me senti a Bela, de Bela e a Fera! hihi.
    Esse, eu leria novamente COM CERTEZA!
    *(indo à caça o quanto antes!!!)*

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Falar você deve. Com você, o lado rosa da força estará.