domingo, 27 de março de 2011

Curso ensina como andar de salto alto em Paris

Andar sem cair do salto alto é mais uma questão de técnica que de elegância natural, afirmam as responsáveis por uma academia parisiense especializada em ensinar mulheres cansadas de lidar com a difícil tarefa de manter o porte e a saúde sobre alguns centímetros a mais.


Durante uma hora, as alunas da Academia "Talons" recebem conselhos "importantes" que vão desde como calçar o sapato de salto alto como uma arte até sobreviver um dia inteiro sem perder a pose, através de um método que em um ano desde a inauguração atraiu centenas de interessadas.




Como ponto de partida, um princípio básico que ao longo da classe se repete até não poder mais é: "Quando você está de salto alto, você é uma princesa, e como tal, esquece da pressa. Se for necessário, você tem que esperar".



A origem deste projeto, pioneiro na França, partiu de duas parisienses de 28 e 29 anos, Marine Aubonnet e Eugénie Bret, que assim que controlaram seu próprio salto decidiram consultar podólogos e agências de modelos para transmitir às alunas sua confiança e as recomendações dos especialistas.
Dessa mistura de experiência pessoal e profissional surgem conselhos que variam entre o reforço da auto-estima e um maior controle da linguagem não verbal, como a necessidade de caminhar com a coluna reta e sem olhar para os pés para refletir maior sensação de segurança.
As alunas, aplicadas e cúmplices, agradecem a evolução.
"Achei o método muito lúdico e interessante. Estou acostumada a andar com salto alto, mas não tinha certeza se fazia do jeito certo. Isto nos permitiu aprender a caminhar melhor, portanto me parece uma ideia excelente, e não algo fútil", diz à Agência Efe Marilyn Bordeain, de 31 anos.
Razões parecidas levaram nove mulheres a participar da mais recente etapa do curso, com mais vontade que vergonha na hora de desfilar por um de seus corredores para pôr em prática o que aprenderam.
"Na minha rotina, caminho muito e levo um ritmo muito rápido de vida, por isso optei por sapatos baixos. Mas adoro os saltos altos, meu namorado gosta muito, e quero me forçar a usá-los mais", explica Sylvie Beauverger, que trabalha no atendimento ao cliente em um banco da capital francesa.

Em sua tentativa para alcançar a perfeição, que custa 15 euros por curso, as jovens são gravadas em vídeo para que assistam a sua própria evolução.
E nesse caminho que conduz até o "impecável", com o qual se costuma qualificar o percurso final, ouve-se desde um "desacelere" até um "lembre-se que você também tem o direito de respirar".
Desde o final de 2009, Aubonnet, uma das monitoras do curso, teve alunas de todas as idades e classe social: "Independentemente de sua origem ou atividade, toda mulher vai ter a ocasião de usar um salto alto pelo menos uma vez ao ano, e nessa hora - assegura - é preciso estar à vontade".
Ela e sua sócia lembram ainda da "humilhação" sentida na primeira vez que sentiram dificuldade em andar de salto alto.
Muitas já sabem que é aconselhável juntar as pernas ao caminhar, separar ligeiramente as pontas dos sapatos, deixar que se contornem os quadris e escolher o sapato que se adapta melhor a cada pé.
Para surpresa de muitas, a aula, que começa com uma sessão de aquecimento, acaba, para surpresa de muitas também, com um conselho prático que deixa de lado noções românticas e devolve as alunas à vida real: "Vale a pena levar sapatilhas ou outro sapato baixo na bolsa porque cedo ou tarde, você vai agradecer". EFE 
Fonte: Revista Monet

2 comentários:

  1. Adorei o post. Baixinhas, como eu, dia ou outro tem de se ver de saltões. Mas, eu tive aulas (sério) , há muito tempo atrás, numa terra muito distante, e não conto porque nem sob tortura chinesa.

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  2. Preciso de um curso desse!!! Não sou tão baixa, mas como foi dito, pelo menos uma vez por ano é preciso. E a minha está chegando! rsrsrs

    Espero não me estabacar no chão.

    Ótimo post!

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Falar você deve. Com você, o lado rosa da força estará.