segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Oscar 2011: Bravura Indômita


Há uma semana do Oscar, com o consenso de todas, estou começando um post com opiniões sobre os indicados a Melhor Filme. Como no ano passado, são dez filmes indicados. Assisti oito dos dez filmes, e não posso dizer que o páreo vai ser duro. Ao menos não como Melhor Filme, agora premiar atores e atrizes vai ser uma briga deliciosa.

Não assisti “O Vencedor” nem “Toy Story 3”. E nem quero. Sou uma chata para filmes infantis, e mais chata ainda com filmes de lutinha. Mas dos seguintes, posso comentar. 


Meu preferido, sem dúvida, é “Bravura Indômita”, um remake homônimo de um clássico de John Wayne, de 1969, que na mão dos irmãos Cohen ficou deslumbrante. O roteiro parece simples, mas se pensar bem, nada feito pelos diretores fica lugar-comum. Quem dá o brilho do filme é Jeff Bridges. É realmente a cara dele, este jeitão matuto, sujo e “eu sou o melhor”. Ele estava apagado nos últimos anos, e é como percebemos que tudo depende do filme certo, do personagem certo, a mão afiada do diretor, pra fazer um ator brilhar e deixar todo mundo abobalhado. Isso aconteceu ano passado com “Coração Louco”, e continuou esse ano, com “Bravura Indômita”. Jeff é como vinho. Quanto mais velho, melhor.

Outro trunfo do filme é Hailee Steinfeld, de 14 anos. E marque minhas palavras: ela vai ter um futuro brilhante. Indicada como Melhor Atriz Coadjuvante, vai ser difícil ela ganhar de Melissa Leo ou Helena Bohan Carter, mas só por estar ali, ela já mostra que é superior há muita gente. Méritos de Joel e Ethan Cohen, na minha opinião. No filme, ela – Mattie Ross - vai fazer tudo para vingar a morte do pai, contratando um federal (Bridges) para cruzar a fronteira indígena pra pegar o assassino. Ela não é uma garota qualquer. É forte, durona, tem um habilidade fantástica de negociar gado e sabe como pôr qualquer um no lugar. Diferente do filme de 1969, os Cohen enxergam Mattie como uma mulher desabrochando, inclusive tendo a atenção disputada pelos homens do filme.

O filme foca mais o relacionamento deles e do texano LaBeouf (Matt Damon, espetacular), do que no faroeste propriamente. A ação fica mais pro final, quando o embate é realizado. Terminando de forma poética, que só aqueles com um olho sem cinismo, poderão ver.

Amei. Para mim é o vencedor. 




Bravura Indômita (True Grit), EUA, 2010

Direção: Ethan e Joel Cohen
Com: Jeff Bridges, Matt Damon, Hailee Steinfeld, Josh Brolin, Barry Pepper, Domhall Gleeson, Ed Corbin, Elizabeth Marvel.
Indicado a 10 Oscar: Melhor Filme, Direção, Roteiro Adaptado, Ator, Atriz Coadjuvante, Fotografia, Figurino, Direção de Arte, Som e Edição de Som.
Ganhou Bafta de Melhor Fotografia e foi indicado a um total de 54 prêmios.


Resenha por Ligya M. 

4 comentários:

  1. Ligya, por que vc é uma chata com filmes infantis? Puxa... hehe Já faz um tempo que os filmes infantis estão ficando "adultos" sem perder a magia, nem a inocência. E acho que "Toy Story 3" (e "UP- Altas Aventuras" também) é um exemplo lindo disso.
    Gostei da crítica.
    Ainda não vi "Bravura Indômita", mas tenho muita vontade. Dos "nomenees" à melhor película, só vi 3: "A Origem", "Toy Story 3" e "Cisne Negro". Apesar de bom, acho que o primeiro está longe de merecer uma indicação, que dirá uma estatueta; o terceiro é... sem palavras, mas não sei se merece as batatas; e o segundo merece, no mínimo do mínimo, uma menção honrosa.
    Mas essa é a opinião de quem não assistiu a todos da lista do 10. De qq forma, prefiro mesmo o Globo de Ouro.

    bjks, estou aguardando as outras críticas

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  2. Adorei o post e verei o vídeo (e o filme), em breve.

    Parabéns Li!

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  3. Na minha opinião, a grande maioria dos filmes infantis, são péssimos. Não to falando de animações, tou falando de cinema feito pra criança. 80% trata as crianças com um bando de imbecis. Fazendo com que esse bando de imbecis queiram comprar os bonecos, laptops, carrinhos, e dvds, feitos pelos marketings das produtoras. Minha bronca é essa.

    Mas Ratatouille é muito bom.

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  4. A Li gosta do unico filme de animação que eu "TETESTO" que é ratatouille.
    Tá, detestar não é o caso, mas enfim, deixemos pra falar de Toy Story em outro post.

    Sua resenha me fez querer assistir ainda mais o filme (já queria só pela trilha sonora, Johnny Cash com sua licença).

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