quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Indicação de filme - A Single Man



A Single Man (Direito de Amar), é um filme americano de 2009, baseado no livro homônimo de Christopher Isherwood, que marca a estreia do estilista Tom Ford como diretor. No elenco estrelam a indicada ao Oscar Julianne Moore e o ator britânico Colin Firth, que conseguiu sua primeira indicação ao Oscar em 2010 na categoria "melhor ator", por sua performance nesse filme.


George (Colin Firth) é um professor de inglês, que repentinamente perde seu companheiro de 16 anos. Sentindo-se perdido e sem conseguir levar adiante sua via, ele resolve se matar. Para tanto passa a planejar cada passo do suicídio, mas neste processo alguns pequenos momentos lhe mostram que a vida ainda pode valer a pena.


Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Single_Man_(filme)
http://www.adorocinema.com/filmes/direito-de-amar/




Estou na fase "Colin Firth"... rsrsrs... E tenho baixado vários filmes incluindo este. Sabia que Colin tinha sido indicado a melhor ator por este filme e acho que ele podia muito bem ter ganhado em 2010 e 2011. A narrativa e o olhar do diretor para o personagem, mostram uma interpretação completamente diversa do que estamos acostumados a ver em Colin Firth. Ele não é somente - e novamente - o cara romântico e tímido, que raramente levanta a voz, e que sonha em conquistar a mulher amada. Ou o homem ligeiramente excluído e que sofre preconceito de seus pares, deixando assim seus personagens mais que em segundo plano.


É o que eu vi acontecer em "Whe She Found Me", título em português "Quando me Apaixono". Ele é o coadjuvante neste filme, mas um dos pivôs da mudança na vida da protagonista. Porém, seu brilho fica ofuscado por cenas rápidas em que ele aparece e por atuação de artistas consagrados. Enfim para quem, diferente de mim, não fica completamente de olho nas aparições dele, quase o passa despercebido. Isso se aplica também a Mamma Mia!


Em A Single Man, é diferente. A ênfase de imagens em detalhes do personagem, como seu corpo, pés, olhos e algumas tomadas em câmera lenta, mostram no ritmo certo o que se passa no coração e alma de George. Angustiado pela perda de seu grande amor, ele passa a ver nas outras pessoas detalhes de seu romance e de seu amor, e pára, como que em transe, para degustar as lembranças que compartilha apenas e unicamente com o expectador.


Durante este dia - que parece não ter fim - George vive diversas situações corriqueiras, mas que levam a ele detalhes e sinais de que nem tudo "precisa" estar perdido em sua vida. Percebi que ele desenvolveu um tipo de TOC (transtorno obsessivo compulsivo), e isso fica claro durante seu plano de suícidio. Também, com muita suavidade e discrição, vemos que o amor que George e Jim (Matthew Goode) dividem é algo sincero e puro, cultivado com anos de convívio e cumplicidade. Qualquer um certamente estaria a beira da mais profunda tristeza com a perda de algo tão sublime e bonito.


George cultiva ainda uma amizade da vida toda com Charlotte (Julianne Moore), com a qual já se relacionara no passado, mas como ele mesmo confessa a Jim, ele só consegue se apaixonar por homens, a despeito de Charlotte ser linda e ele amá-la sinceramente e por quem sente-se atraído eventualmente.


O filme é uma viagem ao interior da dor da perda de alguém amado e uma jornada na busca de sentido da vida sem amor. Por outro lado, é um aprendizado no sentido da dependência humana de outra pessoa. Vemos que tudo o que é em exagero não é bom, e se prender a alguém desta forma - independente do tipo de relação - nunca é saudável. Nada dura para sempre. As pessoas morrem, vão embora e os relacionamentos terminam. Precisamos sempre ter como porto seguro das nossas vidas algo que não seja tão perene quanto nossos semelhantes. Se não perdemos ninguém, algum dia alguém nos perderá.


Assim, George de repente descobre que há algo a mais lá fora. Fora de sua linda casa e dos fantasmas de Jim que o atormentam em pesadelos, em cada canto, corredor, cômodo e partícula de poeira de seu universo com o grande amor da sua vida. Com um final surpreendente, A Single Man é uma boa reflexão sobre o que fazemos com nossos sentimentos e a dedicação deles durante a nossa vida.


Ficha técnica
Título original: A Single Man
Lançamento: 2009 EUA
Direção: Tom Ford
Atores: Colin Firth, Julianne Moore, Nicholas Hoult, Matthew Goode
Duração: 101 min.
Gênero: Drama


Trailer: fantástico, sem falas e legendas, somente com uma música que sugere um thriller de tirar o fôlego.


Minhas úlimas palavras, plagiando: Bom demais para ser ignorado.
E, como em nome da fortuna de Mr. Darcy, um cinquentão pode ter esse corpaço??? O filme é excelente, Colin... Ufaa... Sem palavras... E é lindo ver esse amor, mas não pude deixar de pensar no desperdício de metros rolos de filme com Colin Firth interpretando um gay. #prontofalei

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