segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Fragmentos de História da Vaidade II

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Os produtos de beleza da vovó
Vamos combinar que é um lance muito nerd saber sobre coisas antigas, aquelas que as pessoas incorporaram e nunca pararam para pensar. Ok, nerds pensam e fazem relações o tempo todo. Para nós, isso é passatempo, certo?
Então, que tal se lembrar daquelas coisinhas que a gente via em cima da cômoda da vovó e ficava louca para usar? Claro que, quando chegou “nossa” época de usar coisinhas, fomos para umas, digamos, mais modernas. Porém, nessa área a história e a modernidade, por vezes, andam de mãos dadas. Por isso, o Pink Side foi buscar para vocês o passado e o presente de produtos antigos, mas que ainda estão com tudo, provando que a vovó sabia das coisas.

Logo, acima você já reconheceu o Leite de Rosas, não é? Sabe a história dele?
Em 1929, Francisco Olympio de Oliveira, seringalista do Amazonas, mudou-se para o Rio de Janeiro, com a esposa, e uma ideia: criar um produto para a preservação da beleza feminina. Um amigo farmacêutico o ajudou no desenvolvimento de uma fórmula que foi batizada como Leite de Rosas e passou a ser produzida e embalada em casa. Em 1930, a família mudou-se para o Jardim Botânico e lá instalou a empresa na garagem. Francisco Olympio, um visionário com grande talento para o Marketing (quando ninguém usava este termo), passou a divulgar o Leite de Rosas, através de meios de comunicação até então pouco explorados: Colava cartazes de propaganda nos postes das ruas do Rio durante as madrugadas, apesar da proibição existente; usava o rádio - um poderoso meio de comunicação que acabara de surgir - para anunciar o produto, patrocinava astros da época; e colocou a marca como presença constante nas revistas mais famosas da época. Na vanguarda do seu tempo, o Leite de Rosas foi o primeiro anunciante a mostrar moças de biquíni em suas peças de publicidade. Isso fez com que a marca Leite de Rosas se solidificasse como sinônimo de glamour e sucesso. Nos anos 1960/70, o Leite de Rosas se torna mais acessível, o que populariza o produto. Este passa a ser comercializado em sua já clássica embalagem de plástico rosa.
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Eu não sei quanto a vocês, mas na minha infância, a panacéia universal para a minha avó atendia pelo nome de Pomada Minâncora. Frieiras, CC, chulé, arranhões, espinhas, cravos, queimadura de sol... tudo se resolvia com Minâncora. E a gente ficava toda branca, sem poder se esfregar em nada para a pomada não sair.
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Na adolescência, admito que dei razão para minha avó e sei de pouca coisa que funcione bem como pomada Minâncora para secar uma espinha.
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Sobre o novo Minâncora Action (se vc se amarrou nele como eu) o site da Minâncora diz o seguinte:

Para manter a saúde da pele da família brasileira, a Minancora lançou, em 2004, o primeiro Creme antiacne transparente, o Creme Minancora Action. A combinação de substâncias como o Triclosan e Melaleuca alternifólia proporciona ação anti-séptica eficaz que comprovadamente inibe o desenvolvimento dos agentes causadores da acne, ajudando no combate a cravos e espinhas. O Óxido de Zinco protege a pele contra os raios ultravioleta, conferindo ao Creme Minancora Action fator de proteção solar (FPS) 10. O produto tem uma fórmula cuidadosamente elaborada para o uso diário. Seu toque macio e a rápida absorção conferem à pele refrescância e suavidade sem deixar resíduos.
A Minancora está sempre em busca de novidades para seus consumidores. Por isso, a fórmula do Creme Minancora Action contém óleo de melaleuca, substância extraída da Melaleuca alternifólia, árvore que cresce nas regiões úmidas dos pântanos da Austrália. Estudos recentes demonstram que esse óleo é eficaz no combate a microorganismos, revelando-se um ótimo anti-séptico.
Creme Minancora Action pode ser utilizado por qualquer pessoa acima de 12 anos.
Outro produto que não faltava na penteadeira da minha avó era o Creme Nívea. O produto alemão nasceu em 1911, numa fábrica especializada no desenvolvimento de produtos farmacêuticos.
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É claro que não dá para deixar de falar de duas outras marcas brasileiras antiguinhas e amadas. A Pharmácia Granado e a Phebo. A Granado ficou conhecida pelo seu Polvilho Anti-séptico, mas a meninas ligadas na nova onda de unhas bem cuidadas e esmaltes charmosos, já se antenaram à evolução da empresa e tornaram seus produtos novos (com cara de antiguinhos) obrigatórios.
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E para quem acha que a PHEBO só faz sabonete de pau-rosa, dê uma olhada abaixo:
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Além dos produtos, o Pink Side indica uma visita ao site das empresas que foram a fonte principal deste post. Em especial:
1. O lindo site vintage da Granado, onde você pode ler o Pharol de Medicina e se encantar http://www.granado.com.br/produtos/Default.aspx
2. O excelente site da Nívea, onde a gente indica que você entre na linha do tempo e assista o primeiro comercial do produto feito para o cinema, em 1920 http://www.nivea.com.br/history
3. O informativo site da Minâncora, que já não vive só da pomada http://www.minancora.com.br/pt/produtos/
4. E o site do leite de Rosas. As propagandas antigas usadas aqui, podem ser baixadas como papel de parede http://www.leitederosas.com.br/
Boa viagem no tempo!


10 comentários:

  1. Eu lembro do "Rosa Mosqueta" também. Não sei se é antigo a ponto de minha avó ter usado, mas era uma coisa que não faltava na cômoda das parentes mais velhas... Ah, Minâncora eu lembro das propagandas até hoje ahahaha

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  2. Ah que saudades! Vi a penteadeira da casa da minha avó nesse post...
    Minâncora, até que não pois felizmente neste ponto a minha genética foi boa (quase não tive espinhas), mas os outros usei todos!
    Senti falta da Seiva de Alfazema, não sei se vocês se lembram, uma colônia verdinha que tinha uma mulher com um cesto de flores na embalagem e era presença obrigatória nas penteadeiras de antigamente

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  3. Ah, e outra coisa que entra na estante da vovó há muito tempo (na da minha existe até hoje): o perfume Chanel 5! Merilyn Monroe que me desculpe, mas esse perfume tem realmente cheiro de vó! hihihi..

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  4. Eu lembro de Rosa Mosqueta, Seivas de Alfazema e Chanel nº5. Se vocês quiserem, faço um segundo post para abarcar as memórias de vocês.

    Beijos

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  5. Minha vó usava um sabonete de embalagem verde (uma caixinha de papelão).. e tinha cheiro de vó (ou era o cheiro dela), enfim. Será essa Seiva de Alfazema? HAHHAHA

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  6. Legal conhecer a história desses produtos, realmente.. muiito vi meu pai, minha vó, meu vÔ... usar minancora. Lá fora agente usava para os trincados nos pés.. Tem também o Metiolathe que era muito usado nos meus inúmeros "tombos" e como ardiiia... heheh
    Abraço Prof, parabéns pelo post!

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  7. Nika,
    Ri muito com o post *kkkkkkkkkkkkkk*
    Eu usava minancora como desodorante antes da adolescência. Como a Miccky nunca fui de ter espinhas.
    Talco granado para chulé *hauhauahuahau*, tb usei (to me sentindo a avó) e minha mãe lembrou do Rugol e do Ponds.
    Esses eu não lembro não :0)

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  8. Rugol é véia mesmo hein?!! kkkkkkkkkkk

    Sim, eu tbm me lembro de tooooodos, menos do Chanel no. 5. Acho que eu nunca tive na família alguém com poder aquisitivo para ele....hahahahaha

    Mas, minha avó usava eles todos também, principalmente o Creme Nívea. E eu, qando criança, sempre achei que quem era dona da fábrica era a Nívea Maria, atriz Global!!! hahahahahahahahahaha

    Aliás, estou usando no momento creme hidratante Nívea. São ótimos até hoje!!

    Adorei Nika, e aceito com alegria o post com os demais produtinhos do tempo do Epa!

    Bjssss

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  9. Ainnn, Nika, gostei tanto que até o cheiro da minha vovó eu senti lendo o post. Bateu uma saudade dela!!!! Brigadão!
    Mas, voiu contar um segredo: eu tenho em casa, por concidência, o Leite de Rosas, a Minâncora e tbm o Creme Nívea.
    Vixiiiii... será que já sou vovó tbm???!!!!
    kkkkk

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  10. Gente.....voltei ao passado com o post, cheguei a sentir o cheiro destes produtos q/ minha vó e até a minha mãe usaram por muitos anos.Eu cheguei a usar o creme Nivea p/ aliviar queimaduras do sol.

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Falar você deve. Com você, o lado rosa da força estará.